quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cidade...

Olho a cidade à minha maneira,
Fones no ouvido, um pouco sorrateira.
A trilha sonora vai dando cor,
Percebo de tudo, mas sobressai a dor.


Aquela menina, mulata,
Entre o verde, o amarelo e vermelho.
Uma prata nas horas difíceis aplaca,
Revoltada, só restam os cacos do espelho.


Mãos trêmulas repentinamente,
O que acontece comigo?
Por hora deve de ser aquele garoto,
Que fez da escura escadaria seu abrigo!


Lucidez em meio ao caos não há,
Frieza, individualismo e mesquinhes
Pêndulos na garganta,
A sociedade não aprendeu amar!


O calor abrasa meus pensamentos,
Cerro os olhos para crer.
Esmola faz sobreviver?
Tento retrair o sofrimento.


Aquelas esquinas mais parecem uma Cruz,
Vejo o pai, o filho e um espírito que não é Santo!
Se Santo fosse,
Não haveriam tantas indagações!

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