Desligo o telefone. São 18 horas.
Aperto stop, o tempo para.
Tento remover meus pensamentos, esvaziar a mente e não deixar sequer uma fresta.
Talvez a claridão cause dor.
Está escuro, trancado, vazio.
Pouco a pouco letras se destacam,
como querendo explicar minha dor,
reluzem embaralhadas.
Decifro meu anagrama: Desculpas.
Enfim, Vírgula e Tchau.
Aperto play para que a vida corra e minha sofreguidão suma.
Acabo com minha inércia moral.
Choro!
Tamanho é meu desengano que tento gritar mas não tenho voz.
Talvez pedir (ou dar) Desculpas não combine com minha personalidade, eu sei, mas é só!
Já disse que gosto de você hoje?
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